FUNCEF debate, na Câmara, prejuízo em investimento no FIP Sondas

Presidente Gilson Santana e o diretor de Investimentos Samuel Crespi participaram de audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle

Institucional -
25/11/2021

Dirigentes da FUNCEF participaram, nesta quinta-feira (25/11), de audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados para tratar dos prejuízos causados à Fundação decorrentes da corrupção na Petrobras.

Realizada a pedido do deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), a audiência teve como intuito discutir o passivo de R$ 1,3 bilhão na Funcef em virtude dos resultados negativos advindos dos investimentos realizados no FIP Sondas.

“Esse é um tema muito relevante para mais de 100 mil famílias da Fundação que estão hoje pagando equacionamentos dos planos de benefícios aos quais integram”, destacou o presidente da FUNCEF, Gilson Santana.

Ele explicou que a entidade ingressou, em 2011, no Fundo de Investimento em Participações (FIP) Sondas, com cerca de 17% das cotas e R$ 1,3 bilhão em investimentos.

“A partir da constatação das irregularidades, o investimento não performou e trouxe resultados negativos para a Fundação que, somados a outros investimentos, geraram um cenário de deficit. Nestes casos, pelos patamares regulatórios, houve a determinação para estabelecer os equacionamentos em busca do equilíbrio do plano para condições de normalidade e solvência”, disse Santana.

A FUNCEF ingressou com ação de improbidade contra a Petrobras e ex-dirigentes da companhia com objetivo de tentar o ressarcimento do valor, processo que tramita em segredo de Justiça.

Segundo Santana, o FIP Sondas, individualmente, é um dos investimentos que têm maior representatividade tanto pelo montante investido pela Fundação quanto pela ausência de retorno aos planos de benefícios em relação à cifra alocada.

Prejuízos aos aposentados

O diretor de Investimentos Samuel Crespi salientou que os recursos perdidos no passado atingiram o patrimônio da FUNCEF e geraram prejuízo maior aos aposentados do REG/Replan, o plano mais antigo da Fundação, que foram submetidos aos equacionamentos.

“Estamos empenhando todos os esforços para recuperar esses valores, além de olhar para frente e fazer bons investimentos no futuro”, reforçou.

A gerente-executiva de Governança da Petrobras, Cláudia Zacour, apresentou um histórico do projeto Sondas, que previa a construção de até 28 sondas no Brasil para suprir a Petrobras nos seus projetos de exploração e produção de hidrocarbonetos.

“Temos um reconhecimento unânime no âmbito do Judiciário, CADE, CGU e TCU de que a Petrobras foi vítima dos atos ilícitos apontados na Operação Lava-Jato”, defendeu a executiva.

Entre as principais providências tomadas pela companhia, Márcia citou a busca de ressarcimento, que gerou mais de R$ 6,1 bilhões em acordos e repatriações internacionais, além de melhorias dos controles internos e na construção de um sistema de integridade.

Em relação à FUNCEF, respondendo indagação a ela formulada, a gerente afirmou que, como se trata de assunto protegido por cláusula de confidencialidade, não há como detalhar os motivos pelos quais não foi firmado acordo.

Comunicação Social da FUNCEF

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