A diretora de Participações Societárias e Imobiliárias da FUNCEF, Andrea Morata Videira, apresentou a estrutura e o funcionamento da DIPAR em palestra na Associação dos Empregados Aposentados da CAIXA no Distrito Federal, em Brasília, nesta segunda-feira (28/10).
“A meta dos nossos analistas é sempre buscar a melhor rentabilidade. As decisões são feitas ativo por ativo”, disse Andrea Morata Videira. A diretora detalhou, inicialmente, o trabalho da GEIMO, que é a gerência responsável pela administração de participações societárias em shoppings e hotéis, imóveis, condomínios logísticos e corporativos.
A carteira de investimentos imobiliários da FUNCEF, sob gestão da GEIMO, é formada por 113 imóveis, totalizando aproximadamente R$ 5 bilhões. São 19 edifícios comerciais (R$ 1,4 bilhão), 16 shoppings (R$ 2,03 bilhões), 7 hotéis (R$ 839 milhões), 42 agências da CAIXA (R$ 316 milhões), 2 galpões logísticos (R$ 273 milhões) e 7 lojas (R$ 76 milhões).
De 2011 a 2018, a carteira imobiliária da FUNCEF teve ganhos de 182,45%, superando a meta atuarial do período, que foi de 141,05%. Os shoppings, por exemplo, tiveram rentabilidade de 230,61%, superando diversos índices, como Selic (118,86%), CDI (117,67%) e poupança (69,96%).
“Shopping é o ativo mais rentável da carteira imobiliária. No Brasil inteiro, tem muito mais vacância [em outras redes de shoppings] do que nos shoppings da carteira da FUNCEF”, observa a diretora. Os imóveis da FUNCEF, no Rio de Janeiro e São Paulo, também têm ocupação superior aos índices de mercado das duas cidades.
Atualmente, a FUNCEF faz estudo para se adequar à Resolução CNM 4661, que exige que, em um prazo de 12 anos contados a partir de maio de 2018, os imóveis investidos pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) sejam transferidos para Fundos de Investimento Imobiliários.
Fundos
A Gerência de Participações Societárias (GEPAR) é responsável pela gestão da de R$ 11, 1 bilhões divididos nos seguintes segmentos: Fundos de Investimentos em Ações (FIA) R$ 6 bilhões, Fundos de Investimentos Imobiliários (FII) R$ 705 milhões, Fundos de Investimento em Participação (FIP) R$ 1,75 bilhão e Empresas Investidas Diretas R$ 2,5 bilhão.
“São investimentos de alto risco e, por isso mesmo, dão maior retorno”, analisa Andrea Morata Videira. Em 2018, os fundos e as empresas investidas diretas demandaram mais de 600 deliberações ao longo do ano, quase duas por dia. Esse esforço, em um mercado risco elevado, tem levado a FUNCEF a refletir sobre o modo de governança destes ativos.
“A FUNCEF deve ser mais alocador e não administrador. É preciso muito mais dedicação e governança. A ideia é ter uma estrutura que delegue isto a um gestor e se ele não estiver fazendo certo, muda-se o profissional”, defende Andrea Morata Videira.
Indagada se a Vale foi rentável à FUNCEF, a diretora disse que ao longo de 22 anos, o ativo gerou bons dividendos à Fundação e aos planos em que estão ligados diretamente. Em 1997, foi investido R$ 251 milhões e a FUNCEF já recebeu R$ 877 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio. “Em 22 anos, houve rendimento de 1840%, contra aproximadamente 1000% da bolsa no mesmo período”.
Em um cenário com taxa de juros baixos, a diretora Andrea Morata Videira diz que a meta da FUNCEF, na área de investimentos e participações societárias, é diversificar a carteira para ir além dos títulos públicos. Com a tendência da taxa Selic mais baixa no Brasil e de juros em queda nas grandes economias, para se atingir a meta atuarial, será necessário ampliar as categorias de ativos que irão receber investimentos da Fundação.
Comunicação Social da FUNCEF

