O presidente da FUNCEF, Renato Villela, detalhou a transformação de governança pelo qual a Fundação passou nos últimos três anos em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal, nesta terça-feira (29/10).
Renato Villela apresentou avanços nas linhas de defesa, na transparência com os participantes e na construção de resultados sustentáveis, que ajudaram a reverter a trajetória da FUNCEF.
Marcos Oliveira/Agência Senado

Como frutos deste processo, Villela destacou o menor custo por participante entre os grandes fundos de pensão do país, segundo estudo da Previc, e o superavit consolidado de 2018, o primeiro obtido desde 2010.
“Nossa expectativa é que esse resultado positivo se repita em 2019. Hoje, em razão [do rompimento da barragem] de Brumadinho (MG) [que afetou o desempenho das ações da Vale], não podemos garantir. Esperamos ter um resultado positivo, menor que o de 2018, mas positivo”, adiantou o presidente da FUNCEF.
Apuração e transparência
“Somos o único fundo de pensão que é assistente de acusação na Operação Greenfield”, disse Villela, lembrando que as Comissões Técnicas de Apuração (CTAs) já entregaram 48 relatórios ao Ministério Público e trouxeram resultados positivos aos cofres da FUNCEF.
Desde setembro de 2016, a Fundação realizou desinvestimentos em sete Fundos de Investimentos em Participações (FIPs) e 35 empresas nas quais aplicou recursos por meio deste tipo de fundo. Também vendeu participação direta em outras seis companhias.
Todas estas saídas, observou Villela, que somaram R$ 2,3 bilhões, foram analisadas caso a caso, com cuidado e critério, o que permitiu reduzir importantes passivos contingentes da FUNCEF.
Desafios na economia
O presidente disse que FUNCEF vive agora o desafio de enfrentar as taxas de juros mais baixas no Brasil e nas economias globais para ter retorno dos investimentos e garantir, com segurança, o cumprimento da meta atuarial.
“No novo cenário macroeconômico, com a queda da taxa de juros, os fundos de pensão têm que ser sócios do crescimento econômico do país. É o que estamos esperando e nos preparando para ser”, defende Villela.
Por fim, ele lembrou que a FUNCEF trabalha em favor dos participantes para minimizar os efeitos das parcelas de contribuição extraordinária. “Em relação ao equacionamento, só se consegue avançar com a melhoria da rentabilidade dos nossos ativos e isto se resolve com uma política de investimentos correta, efetivamente segura. É o que estamos conseguindo.”
A sessão foi convocada pela senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) e contou com a participação do vice-presidente da CAIXA, Roney de Oliveira Granemann, do diretor de Finanças e Controladoria da CAIXA, Thiago Souza Silva, e da representante da Associação Nacional dos Beneficiários REG/Replan da Caixa – ANBERR, Maristela Guerra.
Comunicação Social da FUNCEF

