A Abrapp divulga nesta segunda-feira (11/6) entrevista com o presidente da FUNCEF, Carlos Vieira, enfatizando os resultados alcançados pela Fundação nos últimos meses. Confira o texto completo abaixo:
FUNCEF concentra esforços para retomar o equilíbrio e reverter o deficit
Depois de superar as metas atuariais dos planos de benefícios no ano passado, a FUNCEF continua acumulando resultados positivos em 2018. A rentabilidade do primeiro trimestre de 2018 marcou 3,01% ante 1,59% da meta atuarial. Melhor resultado para o período nos últimos cinco anos, foi alcançado um superavit de R$ 394 milhões nos três primeiros meses do ano. O retorno total dos investimentos foi de R$ 1,8 bilhão no período.
Com isso, o desequilíbrio técnico dos planos, que era de R$ 2,5 bilhões no final de 2017, caiu para R$ 2,1 bilhões ao final de março deste ano. “Vamos recuperar o equilíbrio técnico de nossos planos até o final de 2018 e para o próximo ano, pretendemos zerar o deficit”, prevê Carlos Vieira, Diretor Presidente da FUNCEF. Os planos da entidade fecharam 2017 com um deficit total de R$ 6,5 bilhões, que agora marca R$ 6,1 bilhões. Adiferença entre o deficit e o desequilíbrio técnico é explicado pela existência de um ajuste de precificação de ativos avaliado em R$ 4,07 bilhões – referente à marcação de títulos públicos conforme Resolução CGPC 26/2008.
O dirigente explica que os resultados positivos alcançados desde o ano passado são fruto de uma série de ações da atual gestão da entidade. As ações são discutidas e propostas a partir do trabalho do Grupo Permanente de ALM, que conta com a participação de representantes de todas as áreas da entidade. O grupo elabora propostas em quatro dimensões, que são as seguintes: equacionamento de deficit, juros e meta, gestão do ativo e gestão do passivo.
As principais ações da entidade que contribuíram para redução do desequilíbrio técnico foram a reestruturação da participação na Vale, a venda do FIP Florestal, acordo de leniência com Ministério Público e a redução do Contencioso Judicial. Neste último ponto, houve redução do provisionamento em cerca de R$ 1 bilhão. “A provisão do contencioso judicial estava superestimado. Fizemos uma reavaliação e chegamos a uma redução importante”, comenta o Diretor Presidente.
Resultado dos investimentos – A rentabilidade dos ativos da FUNCEF também ajudou decisivamente nos resultados positivos. No primeiro trimestre de 2018, a carteira de investimentos estruturados se destacou com o retorno de 6,51%. A renda variável teve rentabilidade de 4,48%; e renda fixa, 2,37%.
A carteira de estruturados tem se recuperado de resultados negativos devido a uma gestão mais ativa da entidade. As perdas se concentram em alguns FIPs monoativos (aqueles que possuem apenas um ativo), mas não envolvem toda a carteira, que ainda possui cotas em outros fundos que deram boa rentabilidade. Os resultados positivos foram apurados também a partir de uma mudança nos critérios e periodicidade de reavaliação dos ativos.
A reavaliação agora é realizada em períodos menores se comparados com o intervalo de 3 anos que vigorava anteriormente. Já a recuperação dos FIPs monoativos são tratados, muitas vezes, na esfera judicial, para tentar a retomada de parte dos recursos. Na atual gestão, a gestão de ativos é realizada a partir de um controle de risco mais ajustado às necessidades atuariais dos planos.
“O mais importante na estrutura de governança de uma entidade fechada é o alinhamento de objetivos, para trabalhar na direção de alcançar o objetivo principal que é o pagamento dos benefícios dos participantes”, explica Paulo Cesar Werneck, Diretor de Investimentos da FUNCEF. Ele comenta que a atual gestão tem realizado a gestão dos ativos de forma a não correr riscos que não são inerentes ao foco principal da entidade, como por exemplo, ao realizar a gestão de empresas.
Carlos Vieira reforça essa postura da direção da entidade. “Somos gestores de benefícios, por isso não queremos participar da gestão das empresas, que não é nosso foco principal”, diz o Diretor Presidente. O dirigente ressalta ainda as ações para fortalecer a governança da entidade, entre elas, a adesão ao Código de Autorregulação do sistema Abrapp, Sindapp e ICSS (leia mais) no início deste ano. Na mesma linha, lembra ainda da adesão da FUNCEF ao Código Stewardship da Amec, no ano passado.
Comunicação Social da FUNCEF

