Diretoria de investimentos supera meta atuarial e índices de referência em 2019

Estratégia ajustada ao cenário trouxe ganhos nas carteiras de renda variável a mercado e de renda fixa

Resultados -
02/03/2020

No mercado financeiro, o ano de 2019 foi marcado pela taxa básica de juros (Selic) reduzida a níveis mínimos e a Bolsa de Valores alçada a máximas históricas. Com uma estratégia ajustada a este cenário inédito e desafiador aos fundos de pensão, a Diretoria de Investimentos da FUNCEF entregou mais uma vez resultados consistentes tanto na carteira de renda fixa quanto na de renda variável a mercado.

A área obteve rentabilidade consolidada de 14,47%, superou com folga o objetivo estabelecido pela Política de Investimentos da Fundação, que era de 10,18% ou meta atuarial mais um ponto percentual, e terminou o ano com R$ 51,35 bilhões sob gestão.

Renda variável

Em renda variável a mercado, a FUNCEF capturou toda a alta da Bolsa em 2019 e foi além: obteve rentabilidade de 35,81%, o que significa um retorno 2,42 pontos percentuais acima do índice de referência do segmento, o IBrX-100 (33,39%), indicador do desempenho médio dos cem ativos mais negociados e mais representativos do mercado de ações brasileiro. Isso representa quase quatro vezes a meta atuarial do período.

Uma análise da janela dos últimos três anos, em que mercado viveu um ciclo positivo, mostra a maturação da estratégia adotada no final de 2016. Desde então, a FUNCEF realocou recursos e não fez resgates na carteira, que cresceu de R$ 4,07 bilhões para R$ 10,54 bilhões ao final de 2019.

Essa estratégia, explica o diretor de Investimentos, Paulo Werneck, envolveu a readequação do portfólio de renda variável a mercado sob gestão da área.

Em linhas gerais, a gestão de 70% dos recursos é feita por meio de fundo de gestão própria que replica o IBrX-100. Isso evita outros riscos, como os de concentração ou liquidez, ou seja, o dinheiro aplicado na carteira está exposto apenas à volatilidade da Bolsa. É com a gestão da parcela dos 30% restantes, via fundos sob gestão terceirizada e própria, que a FUNCEF busca trazer ganhos adicionais ao diversificar as estratégias.

“Gerar este retorno excedente acima do IBrX não é uma tarefa fácil, você tem de tentar achar o melhor momento de vender e comprar uma empresa, avaliar o tamanho que este papel terá no seu portfólio observando todos os parâmetros de risco e mandatos gerenciais. Essa estratégia conseguiu gerar em média, de sete a oito pontos percentuais acima do IBrX-100”, afirma Werneck.

O fundo sob gestão própria da FUNCEF obteve 41,16% de rentabilidade, os fundos sob gestão terceirizada, 40,43%. Isso se deve muito a um trabalho de aprimoramento do processo avaliação, seleção e monitoramento de gestores terceirizados tanto em renda fixa quanto em renda variável a mercado.

“A gestão própria nos dá a experiência necessária para uma análise muito mais crítica do desempenho dos gestores terceirizados. Por outro lado, só fazer gestão própria não funciona porque nenhuma instituição tem expertise em todos os segmentos do mercado financeiro. Esta troca é salutar para que façamos as melhores escolhas para a Fundação”, observa Werneck.

Renda fixa

Para o segmento de renda fixa, o ano foi bastante desafiador. Os sucessivos cortes do Copom trouxeram a taxa Selic de 14,25%, em 2016, para 4,5% no final de 2019, então o menor patamar histórico.

A carteira rendeu 10,34% no ano passado, o que equivale a 173% do CDI, seu índice de referência, e acima da meta atuarial. O resultado se explica pelo retorno médio alto de títulos públicos marcados na curva, ou seja, que serão levados até a data de vencimento. À medida que eles forem vencendo, surge o risco do reinvestimento: as taxas atuais dos títulos estão abaixo da meta atuarial.

Por entender que o atual cenário de juros representa uma nova realidade estrutural, a FUNCEF tem mitigado esse risco de reinvestimento otimizando os recursos aplicados em renda fixa com a gestão terceirizada de fundos exclusivos. Eles utilizam diversos instrumentos financeiros em um mesmo veículo de investimento para buscar retorno adicional sobre o índice de referência.

Embora tenham, por natureza, níveis de risco maiores do que os títulos públicos, considerados ativos livres de risco, os fundos exclusivos apresentam risco compatível com as estratégias e limites estabelecidos pela Fundação. Além disso, têm gestores qualificados, selecionados por rigoroso processo seletivo, e monitorados constantemente.

Outra forma de gerar retorno é a diversificação na classe de títulos privados. Com uma relação risco-retorno avaliada como ótima, letras financeiras (LFs), debêntures, fundos de investimentos em direitos creditórios (FIDCs) e certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) deverão ganhar mais espaço na alocação.

Valorização das cotas

“O resultado em 2019 é fruto da junção de melhores práticas de mercado com a qualificação técnica da nossa equipe”, avalia o presidente da FUNCEF, Renato Villela. Mais importante do que a receita, lembra ele, é o resultado traduzido na valorização das cotas dos participantes.

E neste sentido, o ano passado foi muito bom. Os planos de contribuição variável da FUNCEF tiveram retorno anual recorde em relação ao CDI. A valorização acumulada foi de 17,41% no Novo Plano e de 17,96% no REB, garantindo retorno anual expressivo de 292% e de 301% do CDI (5,96%).

Comunicação Social da FUNCEF

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