FUNCEF encerra 3T22 com planos acima da meta atuarial e superavit de R$ 1,35 bi

Desempenho da carteira de renda fixa e a recuperação da Bolsa puxaram resultado

Resultados -
25/11/2022

Os três planos de benefícios da FUNCEF encerraram o 3T22 com rentabilidade acumulada acima da meta atuarial e superavit total de R$ 1,35 bilhão, que corresponde ao valor excedente ao necessário para cobrir os compromissos atuais e futuros da Fundação.

O retorno de 8,62% da carteira de investimentos da FUNCEF no período superou novamente a média dos fundos de pensão (8,10%), segundo relatório da Subsecretaria do Regime de Previdência Complementar (SURPC), e elevou os recursos garantidores (RGPB) a R$ 92,8 bilhões.

A estratégia de investimentos adotada permitiu que a Fundação capturasse os ganhos com a recuperação da Bolsa, que passou a ter desempenho positivo em agosto, além de oportunidades em renda fixa criadas pelo ciclo de alta das taxas de juros.

“Fatores externos e internos têm trazido fortes oscilações aos mercados financeiros em 2022”, observou o presidente da Fundação, Gilson Santana. “A reversão positiva de resultado neste trimestre é uma boa notícia, mas o fundamental é que essas estratégias estão alinhadas ao compromisso de longuíssimo prazo da Fundação”, completou.

Carteira de investimentos

O resultado acumulado até setembro foi puxado principalmente pela renda fixa, que registrou ganhos de 9,06%. Outro fator relevante foi a valorização da Bolsa, que acumulou alta de 11,66% no 3T22.

A Bolsa descontada no início do ano criou uma janela favorável para ampliar a diversificação de estratégias. O movimento reduziu a posição em renda variável aplicada em fundo próprio referenciado, que procura replicar o desempenho do IBrX 100, indicador do desempenho médio dos cem ativos mais negociados do mercado brasileiro.

Os recursos foram migrados para a fatia sob gestão ativa (stock picking), que subiu de 22% para 40% do total. Com base em análise nos fundamentos das empresas, a estratégia busca selecionar papeis com potencial de retorno no médio e longo prazo superior ao IBrX 100. De janeiro e outubro, esse ganho excedente chega a 3 pontos percentuais.

“Gerar um retorno acima do IBrX é uma tarefa que envolve uma gestão técnica e qualificada. Isso envolve achar o melhor momento de vender e comprar uma empresa, avaliar o tamanho que este papel terá no portfólio e observar todos os parâmetros de risco”, afirmou o diretor de Investimentos Samuel Crespi.

Novo Plano e REB

O Novo Plano e o REB, em fase de acumulação, fecharam o 3T22 com retorno de 8,40% e 8,18%, ambos acima da meta (7,82%) e da média dos planos de contribuição variável (7,6%), segundo dados da SURPC.

Os dois planos têm sido afetados pelo efeito de curto prazo da marcação a mercado nos títulos públicos, que faz com que o preço de face dos papéis caia quando as taxas de juros sobem. No longo prazo, o seu retorno converge para as taxas contratadas, que são superiores à meta atuarial. Em um horizonte de cinco anos, a rentabilidade do Novo Plano e do REB bate o CDI em quase 30 pontos percentuais.

REG/Replan

O REG/Replan, plano maduro e com horizonte menor de tempo, bateu a meta em suas duas modalidades, a Saldada (8,77%) e Não Saldada (8,45%).

Desde 2021, a FUNCEF vem reduzindo a concentração do REG/Replan em ativos de renda variável específicos, migrando os recursos para ativos de renda fixa. No primeiro semestre deste ano, a Fundação adicionou R$ 4,1 bilhões de títulos públicos, especialmente de longo prazo atrelados à inflação (NTN-Bs), com rentabilidade superior à meta atuarial.

Este movimento de proteção reduz riscos e traz mais estabilidade aos resultados em momentos de grande oscilação dos mercados. Ao final de setembro, 64% da carteira de ativos líquidos do REG/Replan era formada por títulos públicos com taxa média de retorno de IPCA + 5,94% ao ano, com prazos e fluxos casados aos pagamentos de benefícios do plano.

No 3T22, a Fundação buscou oportunidades em título de crédito privado com retorno superior ao dos títulos públicos. Essa classe reúne ativos de empresas, principalmente bancos, com nota de crédito alta e bem ranqueadas no mercado.

Contabilização das OFNDs

No 3T22, a FUNCEF contabilizou R$ 379 milhões em títulos precatórios federais no patrimônio dos planos, resultado do desfecho de um litígio que se arrastava havia 31 anos. O caso diz respeito ao índice de correção monetária aplicado sobre títulos públicos denominados de Obrigações do Fundo Nacional de Desenvolvimento (OFNDs).

Os precatórios representam um compromisso de dívida da União relacionada a uma decisão definitiva da Justiça. Quando este título é emitido, o valor do precatório passa a ser incluído no orçamento como um gasto a ser feito pelo poder público.

A Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), que representou 88 fundos de pensão, e a Procuradoria-Regional da União no Rio de Janeiro assinaram um acordo com valor total de R$ 8,8 bilhões em abril.

Comunicação Social da FUNCEF

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