Montar uma carteira de investimentos de longo prazo, que garanta um determinado padrão de vida na aposentadoria, não é tarefa fácil, mesmo para quem vive de gerir os recursos de terceiros, como é o caso dos empregados CAIXA.
Existe um leque gigante de ativos financeiros à escolha. Mas nem todo mundo tem o tempo ou o conhecimento necessários para fazer essa poupança render o máximo possível.
A busca por rentabilidade envolve variáveis como segurança, liquidez e risco. E especialmente dois fatores são cruciais na decisão sobre onde aplicar o dinheiro: horizonte de investimento e apetite ao risco.
Ao confiar esta tarefa a um fundo de pensão, o participante conta com a expertise de um grupo técnico qualificado e responsável dedicado a pensar as melhores estratégias para este dinheiro render e assegurar um futuro financeiro previsível.
Nos fundos de pensão, todos estes parâmetros são definidos por um documento chamado Política de Investimentos, que é revisado todos os anos. O objetivo é equilibrar retorno e risco na carteira de investimentos, evitando solavancos bruscos pelo caminho.
A legislação que rege a previdência complementar no Brasil determina que as entidades elaborem suas políticas de investimento seguindo padrões de segurança econômico-financeira e atuarial, para que possam ser mantidas a solvência e o equilíbrio dos planos de benefícios.
“O modelo de gestão, neste caso, tem como referência principal exatamente os riscos que os planos de benefícios podem tomar. Quando a gente traz para essa realidade a gestão prudencial, isso agrega a visão de se antecipar a potenciais problemas, o que é também um fator importante para a gestão, para os participantes e assistidos e para os patrocinadores”, observa o economista José Roberto Ferreira, sócio-diretor da Rodarte Nogueira e Ferreira Consultoria em Atuária.

José Roberto Ferreira, sócio-diretor da Rodarte Nogueira e Ferreira Consultoria em Atuária
Por exemplo, quando um plano vai ficando mais maduro, significa que mais pessoas estão próximas da aposentadoria. Neste caso, o administrador vai buscar a estabilidade e a segurança de investimentos mais conservadores.
Já a gestão prudencial, afirma Ferreira, dá ao fundo de pensão a capacidade de evitar eventuais problemas experimentados no passado, além de ser “uma fonte pedagogicamente de oportunidade e aprendizado para a entidade para que ela possa crescer e evoluir os seus processos”.
Técnicos qualificados
Contar com a gestão de especialistas também é importante em momentos em que o cenário econômico muda de uma maneira drástica. Um exemplo disso é o novo patamar da taxa básica de juros, a Selic, que saiu de 14,25% em 2016 para 2% em 2020, algo inédito na história do país.
José Roberto Ferreira lembra que o normativo que rege os fundos de pensão é amplo, e comporta mudanças como a busca por mercados mais atrativos, inclusive no exterior, sem comprometer a missão primeira dos fundos, que é a solvência, a capacidade de honrar o pagamento das aposentadorias.
“É importante ressaltar que a referência de uma política de investimentos tem que ser necessariamente e sempre o compromisso atuarial. A principal premissa para elaboração de uma política de investimento é o passivo do plano”, diz ele.
Desta maneira, o retorno esperado e o risco tomado são compatíveis com a meta atuarial, a rentabilidade que assegura a solvência do plano. A FUNCEF superou a meta nos últimos três anos.
Mais vantagens
Além da qualidade técnica dos gestores, Ferreira enumera outras três vantagens dos fundos de pensão em relação a outras opções no mercado.
“A primeira vantagem é a contrapartida, quer dizer, a paridade contributiva. Essa é a primeira referência, que é imbatível em relação a qualquer outra análise que se faça, porque se a opção do investidor não for aportar esse recurso na FUNCEF, mas como pessoa física, ele vai entrar só com recursos próprios”, aponta.
A segunda vantagem, é o incentivo tributário, em que o percentual do salário recolhido para o fundo de pensão não será considerado no cálculo do Imposto de Renda.
Por último, Ferreira ressalta o acesso dos fundos de pensão, conhecidos como investidores institucionais, a um leque diversificado de produtos e ativos qualificados, não necessariamente disponíveis aos pequenos investidores.
Acompanhe as outras publicações desta série
Reportagem: Paridade é vantagem imbatível dos fundos de pensão
Vídeo: Vantagens dos fundos de pensão vão muito além da paridade
Podcast: Vantagens dos fundos de pensão vão muito além da paridade
Comunicação Social da FUNCEF

