O futuro hoje

A tecnologia no dia a dia das pessoas

A vida no futuro -
22/04/2020

Felipe e Fernanda Kulman formam o típico casal “antenado”. A cada novidade tecnológica, já adquire o mais recente lançamento. Fernanda, por exemplo, utiliza o seu Apple Watch para tudo, até para checar as horas. O relógio inteligente é um companheiro frequente, acompanha cada passo que ela dá, avisando, inclusive, quantos faltam para ela cumprir a meta diária de caminhada. Ele também chama atenção para a necessidade de beber água, controla batimentos cardíacos e possui muitas outras funcionalidades.

Felipe_Kulman.jpgFelipe Kulman, empresário, usuário de novas tecnologias

No caso de Felipe, o companheiro diário é o Google Home, caixinha de som que executa tarefas por comando de voz. Ele adora, por exemplo, colocar diferentes tipos de música nos vários cômodos da casa. Não sai de casa sem antes perguntar à caixa se vai fazer frio ou sol. Assim, veste a roupa adequada.

O casal se antecipa para um cotidiano que em bem pouco tempo será comum na vida de todos. “Procuramos ter acesso a tecnologias que possam nos ajudar em tarefas simples do dia a dia”, comenta Felipe, que vê esse tipo de novidade como aliado na busca de melhor qualidade de vida. “Se eu tenho um assistente de voz, que pode acender a luz do jardim enquanto eu brinco com meu filho, eu ganho tempo”.

A comodidade em tarefas cotidianas é apenas uma faceta da multiplicidade de benefícios trazidos pela chamada “revolução 4.0”, liderada especialmente pela Inteligência Artificial, que já está em curso e promete transformar a vida em sociedade no futuro próximo. “De todas as revoluções industriais da história, essa será a que terá mais impacto sobre os humanos”, aponta o professor Li Weigang – chefe do Departamento de Ciências da Computação da UnB e especialista em Inteligência Artificial. Segundo o pesquisador chinês, experiências que vêm sendo desenvolvidas com elementos como Internet das Coisas (Internet of Things, IOT, em inglês), armazenamento em nuvem e nanotecnologia prometem um futuro com “melhor qualidade de vida para as pessoas”.

Ele cita a smart city, que vai “resolver problemas de mobilidade, ao aproveitar todas as vias e todos os tipos de gestão que possam aumentar a eficiência do transporte”. Em novembro de 2019, o professor Li visitou Pequim para conhecer de perto o maior aeroporto do mundo. Inaugurado em setembro, o Aeroporto Internacional Pequim Daxing foi desenvolvido para se tornar um importante centro de transbordo, totalmente integrado à rede de transportes na capital chinesa e região, que inclui, além dos aviões, os trens, metrôs e ônibus. Com arquitetura futurista, o aeroporto se utiliza da Inteligência Artificial. Por toda parte – até no imenso estacionamento – há robôs para orientar passageiros. Já estão em teste telas que identificam passageiros, seus destinos, número e horários de voos pelo reconhecimento facial. “Ao invés do passageiro buscar, na enorme lista da tela, informações sobre o seu voo, é a tela que detecta, pelo reconhecimento facial, quem é o passageiro e detalhes do voo”, conta o cientista.

A nanotecnologia, que já vem sendo utilizada na saúde – para monitorar pacientes, como o chip que é introduzido no corpo de pessoas para acompanhar a evolução de tumores – se desenvolverá ainda mais, segundo o cientista, com o desenvolvimento da tecnologia 5G. Ele diz que, com a conjugação de imagens de alta resolução com tecnologia 5G, um médico famoso em São Paulo poder fazer cirurgias a distância, em qualquer outro local, como uma pequena cidade. Ou seja, a pessoa não precisará se deslocar até onde está o médico. Ele cita ainda que o Deep Learning [ramo de aprendizado de máquina baseado em um conjunto de algoritmos] proporcionará a realização de diagnósticos muito mais precisos do que atualmente. Hoje, a média da margem de erro é de 6%. Com o Deep Learning, diz, será de no máximo 4%.

“O humano será muito beneficiado com soluções de Inteligência Artificial. Daqui para frente será possível usar os recursos computacionais para múltiplas atividades domésticas e nem precisa haver computador na casa. Basta acessar a internet, por um celular por exemplo. Sobrará mais tempo para o lazer, entretenimento e qualidade de vida”, prevê o cientista.

Comunicação Social da FUNCEF

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