Resultado da FUNCEF reflete cenário econômico no 1T24

Estratégia de proteção adotada pela Fundação amenizou oscilações do mercado e permitiu capturar oportunidades do período

Resultados -
17/06/2024

A rentabilidade dos planos da FUNCEF no 1T24, a exemplo do mesmo período de 2023, refletiu o cenário econômico. A carteira total de investimentos rendeu 1,39% no trimestre e gerou um resultado de R$ 1,46 bilhão, contra uma meta atuarial de 2,70% no período.

Apesar do momento desafiador, a estratégia de proteção adotada, que reduziu a fatia de renda variável de 24% para 14% nos últimos dois anos, atenuou a forte oscilação da Bolsa de Valores. Além disso, a Fundação aproveitou a janela de oportunidades do período e adicionou mais R$ 1,27 bilhão em títulos públicos e crédito privado com taxas médias de retorno superiores à meta atuarial dos planos.

“Esse início de 2024 mostra que o ano será desafiador para os fundos de pensão, de maneira similar ao que ocorreu no ano passado. Projetamos uma reversão de cenário no segundo semestre, que trará um impacto positivo ao nosso resultado”, explicou o presidente Ricardo Pontes na apresentação dos resultados do 1T24.

Em horizontes de tempo maiores, os resultados da FUNCEF têm superado consistentemente os objetivos de retorno. No acumulado de 12 meses encerrados em março, a rentabilidade consolidada foi de 12,32%, contra uma meta de 8,05%.

Destaques nos investimentos

O volume de recursos investidos alcançou os R$ 106,2 bilhões no 1T24, alta de 11% em relação ao mesmo período de 2023. A carteira de renda fixa, maior geradora de resultado, somava R$ 77,2 bilhões no fim de março, respondendo por 73% do total de recursos investidos. Esse montante representa um aumento de 31% em dois anos.

A rentabilidade do segmento (+2,62%) ficou levemente abaixo da meta, parcialmente afetada pelo efeito de curto prazo da marcação a mercado nos títulos públicos na carteira do Novo Plano e do REB, como determina a legislação, que faz com que o preço de face dos papéis caia quando as taxas de juros sobem. No longo prazo, o seu retorno converge para as taxas contratadas, que são superiores à meta atuarial.

A Fundação adquiriu 1,03 bilhão em NTN-Bs longas (títulos atrelados ao IPCA), que oferecem proteção contra a inflação, cupons semestrais e baixíssimo risco. Também adicionou R$ 236 milhões em títulos de crédito privado, que reúne ativos de empresas, principalmente bancos, com nota de crédito alta e bem ranqueadas no mercado.

Outro destaque positivo foram os investimentos no exterior, que obtiveram retorno de 6,82% no período, evidenciando o benefício da diversificação internacional na composição dos investimentos do Novo Plano CD e REB CD, que reúnem apenas participantes ativos. Os recursos são distribuídos em quatro fundos terceirizados, o que permite que os planos capturem ganhos de outras economias mundiais e se protejam em períodos de desvalorização do real.

REG/Replan

Plano mais maduro da Fundação, o REG/Replan alcançou retorno de 1,28% (Saldado) e 1,57% (Não Saldado) em suas modalidades.

A FUNCEF vem aproveitando as condições de mercado para tornar a carteira do plano mais balanceada, a fim de alcançar a melhor rentabilidade possível sem elevar o nível de risco assumido.

Por conta disso, a parcela de renda variável do Saldado caiu de 26%, menos de 15% em dois anos. Mesmo assim, a exposição ainda relevante a ações da Vale afetou o resultado acumulado até março.

Os recursos de renda variável foram migrados para renda fixa, o que reduz riscos e traz mais estabilidade aos resultados ao imunizar a carteira dos efeitos da variação das taxas de juros e inflação. Isso é feito pelo casamento do fluxo de vencimento desses papéis com os compromissos de pagamento de benefícios aos aposentados e pensionistas.

Novo Plano e REB

O Novo Plano CD e REB CD, que concentram os participantes na ativa e têm mais flexibilidade na gestão dos investimentos, obtiveram retornos de 1,31% e 0,79%, respectivamente.

O desempenho superou com folga a rentabilidade média acumulada de fundos comparáveis de previdência aberta (0,35%) no 1T24, segundo dados da Anbima (Associação das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). Embora tenham sido impactados pela Bolsa e pelo efeito da marcação a mercado dos títulos públicos,.

Por outro lado, a carteira imobiliária apresentou bons resultados por conta da diversificação no segmento de fundos imobiliários (FIIs), que reduziu riscos e permitiu aproveitar oportunidades em ativos atravessam um ciclo de alta.

Já o Novo Plano BD e REB BD, que reúne aposentados e pensionistas, superaram a meta no período. A carteira destes planos é formada em 95% por títulos públicos.

Comunicação Social da FUNCEF

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