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Jovem demais para pendurar as chuteiras

Investindo R$ 30 mil, Megume Suda usou a experiência adquirida na CAIXA para se tornar uma bem-sucedida dona de restaurante em Brasilia

06 de Janeiro de 2020 - Participantes

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Megume Suda sentia-se em plena forma 11 anos atrás, quando estava prestes a se aposentar na CAIXA. Especialista na área de risco de crédito na agência matriz do banco, em Brasília, sua ideia era iniciar esta nova etapa de vida abrindo uma consultoria para auxiliar empresários em seus investimentos.

“Queria ter um negócio próprio porque eu me sentia muito jovem ainda para ficar aposentada de fato. Também havia a preocupação com meus filhos. Como a situação econômica do Brasil é instável, há sempre problemas de empregabilidade, pensei em montar algo para que eles tivessem um futuro garantido”.

O trabalho na CAIXA possibilitou que ela conhecesse bem a rotina empresarial, o funcionamento de um negócio e suas principais dificuldades. “No risco de crédito, trabalhei na formatação de modelos de concessão de crédito para pessoa jurídica, isso me deu uma base para querer montar a consultoria”.

Mão na massa

Mas o acaso fez com que Meg, como gosta de ser chamada, encarasse um ramo com o qual não tinha familiaridade. “Foi uma sorte grande que eu tive”.

Ela e o marido, o mineiro Geraldo Araújo, gostavam de assistir aos jogos do Cruzeiro em um boteco que havia perto de sua casa, onde só se vendia bebida. Ela costumava trazer os tira-gostos de casa mesmo. A então bancária resolveu comprar o ponto pensando em ajudar uma irmã, que não gostou do local. “Acabei ficando com o ponto para mim”.

Meg não deixou de usar a experiência adquirida na CAIXA na hora de tocar o novo empreendimento. “Procuramos dar passos pequenos”, diz ela, que convidou três pessoas para serem sócias. O primeiro pequeno passo foi não tirar dinheiro do bolso para adquirir o ponto.

“Paguei com meu próprio trabalho”, relata. Um ano depois de adquirir o local, cada um dos sócios investiu R$ 30 mil em uma reforma que trouxe uma melhor estrutura para cozinha.

“A gente não teve um endividamento alto para formar o negócio e não precisamos recorrer a empréstimos. Outro segredo do sucesso é que a gente começou com o pé no chão”, conta.

No primeiro ano, a empresa funcionava graças ao esforço de Meg e uma sócia na cozinha, uma faxineira e dois garçons.

“O erro das pessoas, ao buscar empreender, é que elas investem muito alto para formar um ponto e estruturam esse ponto com uma quantidade grande de pessoal. O negócio já começa com uma folha de pagamento alta e sem capital de giro”.

No final de 2010, quando o nome do restaurante Confraria Chico Mineiro começou a se consolidar, aí, sim, contrataram mais funcionários, que somavam 10. A partir de então, veio a história de sucesso.

O casal Meg e Geraldo comprou a parte dos outros sócios e adquiriu a confeitaria que ficava ao lado. O complexo possui atualmente 35 empregados e ocupa cinco lojas do prédio. Está nos planos de Meg criar ainda um empório e comprar a padaria que fica no mesmo bloco comercial. A segurança da aposentadoria complementar possibilitou a Meg empreender sem sacrificar a família.

MEGUME SUDA E GERALDO ARAUJO - CHICO MINEIRO.jpg

“Ter a aposentadoria oficial e aplicar na Funcef me deu muita tranquilidade porque eu não precisava tirar o sustento da minha família do giro dos negócios. Tinha o meu salário e nesse período inicial o negócio se manteve sozinho. Nunca precisei desembolsar do meu salário para manter a empresa. Por outro lado, também não precisei tirar do negócio que estava começando para sustentar a família. Pude investir no próprio negócio”. 

Juventude

Prestes a completar 60 anos, Meg diz que se sente “muito jovem” para parar. Ela trabalha de domingo a domingo e ainda encontra tempo para o pilates duas vezes por semana. Costuma chegar ao restaurante por volta das 6h40 para preparar o cardápio do dia. De terça a sexta, só sai após o último cliente da noite pagar a conta.

“Não vou dizer que esse trabalho não cansa. Cansa muito. Mas sempre me sinto revigorada, motivada. Sei que posso trabalhar por mais uns dez anos ainda”, comenta, ao citar que o índice de longevidade tem crescido cada vez mais.

A motivação, diz, vem da confiança de que está gerindo um bom negócio, está fazendo a sua parte para girar a roda da economia no país. “O mais importante e que mais me enche de energia é a amizade que conservamos aqui com os nossos clientes. Existe um laço muito forte que faz muito bem para a nossa saúde”, conclui Meg.

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Comunicação Social da FUNCEF