A FUNCEF encerrou o 2T22 com uma rentabilidade consolidada de 5,58%, desempenho superior ao CDI (5,42%) e à média dos fundos de pensão (5,20%) no período, segundo relatório da Subsecretaria do Regime de Previdência Complementar (SURPC).
A estratégia de investimentos e o colchão de proteção formado pelo superavit recorde de R$ 2,12 bilhões nos primeiros três meses do ano permitiram à Fundação absorver os impactos da inflação acelerada e do desempenho negativo da Bolsa (-5,99%) no 2T22 e capturar a recuperação da economia.
Números preliminares do acumulado até agosto apontam a rentabilidade novamente acima da meta e uma geração de superavit, que corresponde ao valor excedente ao necessário para cobrir os compromissos atuais e futuros da Fundação.
“A fotografia do primeiro semestre mostra quão difícil tem sido este ano em termos de resultados”, afirmou o presidente Gilson Santana. “Nosso posicionamento se mostrou acertado, uma vez que a prévia de agosto indica um desempenho melhor para todos os planos da FUNCEF, alinhado ao nosso compromisso de longo prazo”, completou.
Carteira de investimentos
O cenário econômico no 2T22 evoluiu dentro das projeções da Política de Investimentos da Fundação, confirmando a perspectiva de um ano de alta volatilidade no mercado acionário. Em junho, o Ibovespa, o principal índice da Bolsa, registrou queda aguda de 11,5%, a maior desde o início da pandemia.
Como parte da sua estratégia de proteção, a FUNCEF aproveitou momento de alta no primeiro trimestre do ano para vender uma parcela expressiva de renda variável. Esses ganhos foram reaplicados em ativos de renda fixa, especialmente títulos públicos de longo prazo atrelados à inflação (NTN-Bs), com rentabilidade acima da meta atuarial, aproveitando oportunidades do ciclo de alta das taxas de juros.
A carteira consolidada da Fundação encerrou o 2T22 com uma fatia inferior a 20% aplicada em renda variável, uma redução de 14 pontos percentuais ao mesmo período do ano passado.
Como esperado, o resultado acumulado até junho foi puxado principalmente pela renda fixa, que registrou ganhos de 8,07%. A carteira de ações escolhidas (stock picking) é outro destaque positivo de 2022. Com base em análise nos fundamentos das empresas, a estratégia busca selecionar papeis com potencial de retorno no médio e longo prazo superior ao IBrX 100, o indicador de referência da Fundação na Bolsa.
“Pelo grande potencial de retorno, a renda variável é fundamental em uma estratégia de acumulação de longo prazo. A Bolsa descontada no segundo trimestre nos trouxe oportunidades em ações selecionadas e já houve um movimento de recuperação em julho e agosto”, observou o diretor de Investimentos Samuel Crespi.
Novo Plano e REB
O Novo Plano e o REB, planos em fase de acumulação da FUNCEF, apresentaram rentabilidade de 5,42% e 4,93% no 2T22. Além da oscilação da Bolsa, eles foram mais afetados pelo efeito de curto prazo da marcação a mercado nos títulos públicos, que faz com que o preço de face dos papéis caia quando as taxas de juros sobem. No longo prazo, o seu retorno converge para as taxas contratadas, que são superiores à meta atuarial.
“É óbvio que nós queremos sempre entregar um bom trimestre, mas mais importante do que isso é ter uma carteira alocada para alcançar um resultado significativamente superior à inflação e ao CDI num horizonte de cinco anos”, afirmou Crespi.
Neste prazo, a rentabilidade do Novo Plano e do REB bate o CDI em mais de 25 pontos percentuais.
REG/Replan
O REG/Replan, plano maduro e com horizonte menor de tempo, obteve ganhos de 5,73% na modalidade Saldada e de 5,16% na Não Saldada. A Fundação acrescentou mais de R$ 4,1 bilhões em títulos públicos ao portfólio do plano até junho, sendo mais de metade destes recursos provenientes da realização de lucros da Bolsa.
Ao final de agosto, 70% da carteira de ativos líquidos do plano era formada títulos públicos com taxa média de retorno de IPCA + 5,93% ao ano, com prazos e fluxos casados aos pagamentos de benefícios do plano. O movimento reduz riscos e traz mais estabilidade aos resultados em momentos de grande oscilação dos mercados.
Como o REG/Replan responde por 90% da carteira de imóveis da FUNCEF, a venda planejada de 50 ativos desta classe também tem beneficiado a sua rentabilidade. Até junho, a Fundação já havia recebido R$ 136 milhões, integralmente reaplicados em títulos públicos.
Despesas administrativas
Pelo quarto ano seguido, a FUNCEF apresentou o menor custo por participante entre os maiores fundos de pensão do país em ativos, segundo análise publicada pela Previc, órgão fiscalizador do segmento.
Com base nos dados de 2021, a Fundação registrou uma despesa per capita de R$ 1.356,90, 42% inferior à média (R$ 2.358,53) das 17 entidades de previdência fechada consideradas sistemicamente importantes pela Previc. Juntas, elas administram 64% dos recursos do segmento.
A gestão eficiente de despesas permitiu que, em 2022, a FUNCEF realizasse o sexto corte em sete anos nas taxas de carregamento, que incidem sobre as contribuições e benefícios para cobrir as despesas decorrentes da administração dos planos.
Comunicação Social da FUNCEF

