Fundação dos econominários federais

Mensagem da Diretoria Executiva

A FUNCEF não é uma ilha

Mesmo com o crescimento moderado da economia global, os efeitos da crise desencadeada em 2008 ainda afetam investidores por todo o mundo, em particular os resultados das Entidades Fechadas de Previdência Complementar. Os números do sistema confirmam as dificuldades enfrentadas pelos fundos de pensão do Brasil, que apresentaram rentabilidade média de 0,2% no ano de 2013. A FUNCEF foi destaque no sistema de previdência, com uma rentabilidade de 6,98%, um dos melhores desempenhos, mesmo com resultado inferior à sua meta atuarial, de 11,37% (INPC + 5,5%).

A performance da Fundação ao longo dos anos confirma uma estratégia de investimentos conservadora regulada pelo equilíbrio e rigor técnico, minimizando os efeitos da conjuntura adversa. A gestão adequada permitiu uma evolução considerável nos Ativos Totais dos planos que saíram de R$ 52 bilhões em 2012 para R$55,4 bilhões em 2013. Ao longo de dez anos a FUNCEF alcançou 418,27% em rentabilidade, o que permitiu alocar cerca de R$ 19 bilhões em medidas prudenciais nos planos administrados.

Quanto aos planos de benefícios, o REG/Replan não Saldado foi o de melhor rentabilidade e fechou 2013 com ganhos de 7,25%. O REG/Replan Saldado teve rentabilidade de 6,99%, retorno inferior à meta atuarial de 11,37% (INPC + 5,5%), encerrando o ano com um déficit de R$ 3 bilhões. O Novo Plano também apresentou déficit, entretanto o resultado adverso é insignificante perante o ativo total do plano que fechou o exercício com R$6,3 bilhões. A rentabilidade foi de 6,63%, abaixo da meta atuarial. O REB apresentou rentabilidade de 5,92% e manteve resultado acumulado superavitário, de R$ 40,162 milhões.

A decorrência dos déficits é de natureza conjuntural e eles estão sujeitos à reversão, observados os movimentos cíclicos da economia brasileira e mundial. Por essas razões, tais desequilíbrios atuariais eliminam, por ora, a possibilidade de equacionamento pelos participantes, visto que a atual legislação determina um plano de equacionamento quando o déficit técnico acumulado for superior a 15% das provisões matemáticas.

Por certo, mais um ano, os investimentos em imóveis apresentaram excelentes resultados. Devido à reavaliação imobiliária em 2013, a carteira obteve rentabilidade de 23,38%, totalizando R$ 4,7 bilhões em recursos.

Os investimentos em infraestrutura também apresentaram ótimos resultados com rentabilidade de 20,22%, bem acima da meta atuarial. O destaque foi para a holding INVEPAR, na qual a FUNCEF tem 25% de participação direta. A valorização do empreendimento foi de 32,87% contabilizando R$ 678,7 milhões na carteira de investimentos estruturados. A estratégia da Fundação em investir no setor produtivo garante rentabilidade e é aderente ao perfil dos compromissos com os participantes.

A nossa carteira de renda fixa apresentou resultados distintos. A rentabilidade dos títulos marcados a mercado foi das mais baixas (-6,30%) entre todos os investimentos feitos pela Fundação, devido à volatilidade das taxas de juros. Os recursos alocados foram da ordem de R$ 2,5 bilhões. Já os títulos posicionados na curva, com R$ 15,5 bilhões investidos, renderam 13,5%, superando a meta atuarial.

Na carteira de renda variável, os resultados ficaram acima da meta atuarial em participações diretas, com 12,54% e em créditos privados e depósitos com 13,99%. O impacto negativo deu-se nos fundos de investimentos, onde estão, entre outros, o fundo Carteira Ativa II. No conjunto, a renda variável apresentou rentabilidade de -3,35%. O Ibovespa ficou em -15,50% no exercício.

A gestão da FUNCEF é realista quanto às expectativas para os próximos anos, e temos a convicção que é primordial perceber o equilíbrio dos planos de benefícios em janelas de longo prazo, a fim de honrar os compromissos futuros.

Os desafios diante de uma conjuntura adversa são evidentes e deverão ser enfrentados, contudo os resultados apresentados neste relatório mostram que a FUNCEF está trabalhando para construir as melhores soluções com o objetivo de garantir a solvência e liquidez dos planos de benefícios, bem como promover segurança e qualidade de vida aos 135 mil participantes da Fundação.

Relatório anual

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